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Campina celebra 50 anos do Festival de Inverno com diversidade cultural e memória viva

Meio século de arte e cultura: Festival chega ao Jubileu de Ouro celebrando a memória cultural e a participação de artistas de diferentes linguagens

Com o tema “A Arte como Patrimônio de Todos”, o Festival de Inverno de Campina Grande está completando 50 anos. Nesse período, o evento se consolidou como um espaço de integração cultural ao reunir teatro, cinema, música e dança em uma programação diversificada que atrai artistas e público de várias regiões. Mas, o que a iniciativa representa para os artistas locais?

Cassandra Bizai, professora de teatro e integrante da Federação Paraibana de Teatro (FPTA), celebrou a integração das diferentes artes no festival. “Eu acho muito importante, em qualquer manifestação artística, que a gente se faça presente, participe e interaja. Para mim, é sempre necessário estar em apresentações como esta”, afirmou a espectadora, enfatizando a junção das diferentes linguagens. “O festival está cada vez mais tomando dimensões maiores e trazendo a arte e a cultura de forma mais ampla, com apresentações de dança, teatro, música e oficinas. Isso contempla diversos públicos e ajuda a fortalecer a cultura de Campina e de fora da cidade.”

Sobre a relevância das atividades, a professora classificou todas as apresentações como  necessárias para a formação cultural da população. Em seguida, falou da sua própria relação com o festival. “O Festival de Inverno faz parte da minha vida cultural. Desde que vim morar aqui em Campina, participo ativamente das oficinas, apresentações e danças. Celebrar 50 anos é muita história, e espero que venham muitos outros festivais”, acrescentou Bizai.

 

Debate com o público após a exibição do filme “Ninguém (Mais) Verá”

 

Fabiano Raposo, realizador audiovisual, destacou a importância do evento para a promoção do cinema e a preservação da memória cultural do município. Ele participou da programação do festival com o filme “Ninguém (Mais) Verá”, que discute a urgente necessidade de preservar a memória cinematográfica, tomando como base a filmografia de Machado Bittencourt. Para o cineasta, o trabalho com a digitalização desses registros é uma forma de celebrar a história cultural da cidade.

“O Festival de Inverno sempre teve uma abertura para o cinema, que faz parte do percurso histórico de produção e desenvolvimento das artes em Campina Grande. Mesmo que grande parte da cobertura seja dedicada ao teatro, o festival compreende a demanda de participação e colaboração artística, mantendo viva essa discussão dentro das artes”, explicou.

 

Grazi Villanueva no 50º FICG

 

Grazi Villanueva, que participou do evento na Mostra Nacional de Música, trouxe ao palco do Jubileu de Ouro uma apresentação em homenagem à Gal Costa. “Era um sonho participar e hoje estamos realizando neste momento tão especial para o festival”, disse a cantora, que se apresenta com esse show desde 2016. Ela reconheceu a contribuição do evento para a música contemporânea e destacou a visibilidade proporcionada a todos os estilos e formas de arte, permitindo que a comunidade tenha acesso e participe dessas experiências artísticas. “É incrível ver essa interação com o público”, completa, anunciando um repertório variado, feito com cuidado, “para que as pessoas possam cantar junto e sentir a energia do espetáculo.”

 

Repórter Educom

Texto: Nayara Rocha

Fotos: Rian Tavares

Edição de Texto: Rosildo Brito; Hermano Junior

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