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Festival de Inverno de Campina Grande completa 50 anos e reafirmar o seu compromisso com arte e o multiculturalismo

A programação inclui apresentações em diversas linguagens artísticas, palestras e oficinas distribuídas em diferentes pontos da cidade

A 50ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande, iniciada nesta quinta-feira, foi prestigiada por um grande público que lotou as dependências do Teatro Municipal Severino Cabral e o espaço do Parque Evaldo Cruz. Realizado pelo Instituto Solidarium e pela PMCG, o evento celebra meio século de tradição, cultura e arte e se consolida como um dos mais importantes eventos de promoção do multiculturalismo do Brasil.

Idealizado na década de 1970 pela professora Eneida Agra Maracajá, o festival reafirma seu compromisso como espaço plural, dedicado a valorizar diferentes expressões artísticas, promover o encontro entre públicos diversos e fortalecer a cidade como polo de efervescência cultural, contribuindo para o desenvolvimento e a difusão da cultura local, regional e nacional.

Myrna Maracajá, professora, psicanalista e filha da idealizadora, relembra que o festival surgiu fruto do amor de sua mãe pelas artes. Ao falar para a equipe do Repórter Educom, ela traçou um breve histórico da trajetória de sucesso do evento e explicou que, na primeira edição, era voltado apenas ao teatro, mas já no segundo ano transformou-se no Festival de Inverno, reunindo dança, teatro, música, cinema e artes plásticas, consolidando-se como uma grande janela cultural que abre espaço para talentos locais e nacionais.

Ela ressalta a resistência do projeto, que em 2025 completa 50 anos, e sua importância para a cultura local e regional: “É importante dizer que, quando o festival começou, Campina Grande ainda não tinha grupos, companhias, escolas de danças, e o festival fomentou o surgimento de artistas, contribuindo também com a parte pedagógica. Através de cursos e oficinas, os artistas da terra podem atualizar seus estudos e sua arte, além de apresentar e mostrar seu trabalho”. Myrna ressalta a relevância do festival para a cidade e convida o público a participar do evento que tem entrada gratuita.

 

Público prestigiando a abertura do FICG no Parque Evaldo Cruz

 

Com uma programação aberta à comunidade, e bastante descentralizada, o FICG ocorre em várias partes da cidade, promovendo arte e cultura de forma acessível. A programação está sendo realizada no Teatro Municipal Severino Cabral, Parque Evaldo Cruz, Praça da Bandeira e Feira Central.

 

Público destaca a importância do FICG para a cultural local

Mantendo seu papel como espaço de visibilidade para a cultura e a arte em geral, o festival apresenta uma programação variada, que vai do cinema à música. Na primeira noite, o cantor e compositor Luís Kiari subiu ao palco, demonstrando grande alegria em participar do evento. Ele ressaltou o quanto é especial fazer parte desta edição comemorativa, compartilhando sua felicidade com o público presente.

 

Luís Kiari – cantor e compositor

 

O público também marcou presença para prestigiar mais uma edição do FICG. Ana Araújo, de Juazeirinho (PB), acompanha o festival desde 2017 e destaca que o que mais lhe atrai no festival é a programação diversificada, explicando que não é tão comum na cidade. Ela ressalta ainda a importância do evento para manter a cultura viva ao longo do ano: “Esse evento aqui, em geral, depende da mobilização de muitas pessoas, e é importante que as pessoas ocupem para que continue existindo e para que ele não se perca em meio ao tempo”.

A abertura do evento este ano contou com a participação da cantora paraibana Elba Ramalho que já esteve presente em várias edições do evento. Elba é uma das incentivadoras do FICG e o seu show atraiu um grande público ao Parque Evaldo Cruz, abrilhantando ainda mais a 50ª edição do festival.

 

Elba Ramalho na abertura do 50º FICG

 

Com 50 anos de história, o Festival de Inverno de Campina Grande segue até 24 de agosto, se consolidado como um marco cultural, celebrando a diversidade artística e promovendo o encontro entre artistas, público e comunidade. Ao longo das décadas, o evento não apenas fortaleceu a cena cultural da cidade, mas também contribuiu para a formação de novos talentos, reforçando a importância de investir na cultura como um catalisador de desenvolvimento social e preservação da identidade regional.

 

Repórter Educom

Texto: Mariana Cantalice

Repórter fotográfico: Karla Nóbrega

Edição de Texto: Rosildo Brito; Hermano Junior

Foto de capa: Rondinelle de Paula

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